Usina fotovoltaica flutuante é ampliada na hidrelétrica de Sobradinho
Neste verão, foi inaugurado o projeto fotovoltaico flutuante de 1 MWp na usina hidrelétrica de Sobradinho, no estado da Bahia, desenvolvido pela empresa brasileira Sunlution, detentora da licença da Ciel & Terre no Brasil.
Depois da usina solar flutuante de 305 kWp, instalada no parque de Goiás pela Sunlution, a barragem de Sobradinho é a primeira a atingir a escala de MW no país. A usina de 1,01 MW tomou forma no estado da Bahia, no rio São Francisco, um dos maiores do Brasil. Com seus 3.792 painéis, a instalação solar flutuante deve produzir 1,7 MWh por ano.
No entanto, a planta deverá expandir e sua capacidade deverá aumentar em 1,5 MWp até janeiro de 2020. A instalação deve atingir 2,5 MWp e produzir mais de 4,2 MWh por ano. Devido ao tipo de reservatório da Chesf (Companhia Hidrelétrica de São Francisco), a Ciel & Terre projetou um sistema de ancoragem específico, elástico e capaz de suportar uma variação do nível da água de 13 m: embora tenham sido projetados na França, todo o sistema flutuante e de ancoragem Hydrelio foi fabricado no Brasil.
Quando apresentou o projeto, há cerca de um ano, a Chesf anunciou que o investimento de R$ 56 milhões (US$ 14,3 milhões) no programa.
A combinação de energia hidrelétrica e solar é, neste caso, bastante promissora e evita interrupções na produção de energia: a energia hidrelétrica é responsável pela intermitência da energia solar e, por sua vez, substitui a primeira quando a barragem de Sobradinho, construída nos anos 70, é afetada pela seca.
O cliente da usina fotovoltaica flutuante da barragem de Sobradinho, a CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), é uma subsidiária da Eletrobras, a maior empresa de energia brasileira. Atualmente, a CHESF possui e opera 12 usinas hidrelétricas, correspondentes a 10 GWp de capacidade instalada. Se a empresa usar 10% da superfície de todos os seus reservatórios, poderá instalar até 52 GWp de projetos flutuantes.
A Sunlution estima que o mercado brasileiro possa atingir até 2,5 GW de projetos fotovoltaicos flutuantes nos próximos dez anos.