“O Brasil ainda está 15 anos atrasado frente aos demais países no uso da tecnologia solar fotovoltaica e nossa participação na ASI contribuirá para que possamos incorporar as melhores práticas internacionais, acelerar o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica em nosso país e nos posicionar como um ator de peso neste setor, cada vez mais estratégico no cenário mundial”, ressaltou Sauaia.
O pedido de entrada na ASI foi encaminhado pela presidência da República ao Congresso Nacional no dia 26 de fevereiro de 2018, em regime de prioridade, e aguarda a apreciação do Plenário. O comunicado da Presidência esclarece que a adesão do Brasil à ASI não implicará em custos ou em aportes de recursos.
“A expectativa da Absolar e do setor solar fotovoltaico brasileiro é de que, dado o amplo apoio da sociedade e dos parlamentares pelas fontes renováveis e dada a inexistência de custos ao país nesta adesão, o tema possa tramitar com grande agilidade junto ao Congresso Nacional. Não podemos ficar de fora deste movimento global em prol de um mundo cada vez mais sustentável e responsável, social e ambientalmente”, comentou o executivo.
GD SOLAR ATINGE 200 MW
Enquanto a adesão não é apreciada no Congresso Nacional, o setor continua a sua expansão local. A Absolar comemorou o fato do Brasil ter atingido a marca histórica de 200 MW de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica instalados em residências, comércios e serviços, indústrias, edifícios públicos e na zona rural.
Pela primeira vez desde 2012, quando foi estabelecida pela Aneel a regulamentação que rege o segmento, os consumidores dos setores de comércio e serviços passaram a liderar o uso da energia solar fotovoltaica, com 43,1% da potência instalada no país, seguidos de perto por consumidores residenciais (39%), que passaram da primeira para a segunda posição. Na sequência, estão as indústrias (7,8%), consumidores rurais (5,4%), poder
público (4,2%) e outros tipos, como serviços públicos (0,6%) e iluminação pública (0,04%).
Em números de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 78% do total. O alto volume é explicado pela potência reduzida dos sistemas, já que as residências consomem menos energia elétrica ao longo de um ano do que comércios, indústrias ou edifícios públicos. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (15,6%), consumidores rurais (2,9%), indústrias (2,3%), e outros tipos, como iluminação pública (0,2%) e serviços públicos (0,03%).
De acordo com a Absolar, o Brasil possui hoje 23.175 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e engajamento ambiental a 27.610 unidades consumidoras, somando mais de R$ 1,6 bilhão em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do País.
Fonte: Canal Energia