Estimativa é do BNDES que identificou necessidade de aportes para que as empresas consigam atingir metas de eficiência da Aneel
No caso da Eletroacre o índice apresentado foi 31 que representa, na práticaa um desconto de 3,27% no aumento que foi permitido pela Aneel em 2017. Já na Ceron o índice apresentado de 21 e representou uma redução 1,75% na tarifa. Já na Boa Vista, arrematada pela entrante Oliveira, empresa regional que atua com geração nos sistemas isolados há 45 anos, não apresentou deságio. Com isso, o bônus pago ao governo ficou no mínimo de R$ 5 milhões pela Ceron e de R$ 1,5 milhão nas demais.
O investimento inicial na Eletroacre será de R$ 238,8 milhões, na Ceron de R$ 253,8 milhões e na Boa Vista é de 176 milhões. O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, destacou que as empresas deverão assumir ainda R$ 2,8 bilhões em passivos das três distribuidoras, que nos últimos 20 anos acumulou prejuízos de R$ 20 bilhões.
“Há um compromisso inicial de aportes de R$ 668 milhões para a melhoria da saúde financeira das empresas e, portanto, melhoria do serviço prestado. A mensagem é de que com a regulação e modelagem econômica há viabilidade para a expansão da infraestrutura no Brasil”, comentou Oliveira, do BNDES.
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, voltou a destacar que agora as empresas privatizadas poderão ter mais capacidade de gestão e ser mais eficientes do que uma estatal pode ser no negócio de distribuição. E que terão capacidade de realizar investimentos na rede, fator que não era possível à Eletrobras.
O diretor geral da Aneel, André Pepitone, afirmou que a agência vai acompanhar os novos controladores das empresas para garantir a saúde da concessão e a garantia do serviço a ser prestado pelas novas concessionárias. A afirmação veio em resposta ao questionamento sobre a capacidade da nova companhia que entrou no segmento de distribuição no país, a Oliveira Energia que atuou em consócio com a Atem, uma distribuidora de combustíveis também na região Norte.
Agora faltam privatizar a Amazonas Energia, recentemente deverticalizada na Aneel, e a Ceal que ainda possui entraves jurídicos à sua venda.
Fonte:www.canalenergia.com.br